Egípcios mumificavam pedaços de bife para os Faraós

Os antigos egípcios sempre se esforçaram muito para manter seus amados Faraós felizes após a morte. Os funerais eram extravagantes e o local onde “repousariam eternamente” era decorado com roupas, jóias e até mesmo carne.


Carne mumificadaMmm, costelas. Este pedaço de carne foi mumificado e colocado no túmulo do nobre egípcio Tjuiu e seu cortesão Yuya, que data entre 1.386 aC e 1.349 aC.

Mas os Faraós certamente não ficariam satisfeitos com carne gosmenta e estragada, então os egípcios tratavam de usar uma espécie fina de resina para preservar as fatias de carne. O mais antigo pedaço de carne preservado é datado aproximadamente do ano 3.300 A.C.

O rei Tutancâmon foi aparentemente sepultado com 48 fatias de carne, entre cortes bovinos e de aves.


Richard Evershed e Katherine Clark, da Universidade de Bristol (Reino Unido), e Salima Ikram, da Universidade Americana no Cairo, recentemente conduziram um estudo e descobriram que a resina utilizada na preservação da carne era proveniente da Pistacia, uma planta rara que cresce em forma de arbustos em desertos. O interessante é que os egípcios não utilizavam esta preciosidade para preservar corpos humanos.

“Nós imaginamos que eles utilizavam a Pistacia para bloquear a ação degradante do micróbios na carne; este é o motivo pelo qual as plantas produzem estas resinas – proteção”, disse Richard.

Os pesquisadores descobriram também que o processo de preservação divergia dependendo do “status” do falecido; a carne da elite era preservada com gordura animal, especiarias e ervas.
“Você não consegue este tipo de resina tão facilmente, apenas se for bastante rico.”, disse Ikram.

O estudo foi divulgado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences. [PNAS, Nature World News]


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